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ATIVISMO NO CONTEXTO URBANO

Há um número significativo de organizações, movimentos sociais, coletivos autônomos e ONGs que atuam nas cidades brasileiras. Após as Jornadas de Junho, será que este cenário mudou e novos atores surgiram? Acreditamos que a atuação no contexto urbano tem um papel fundamental no desenvolvimento de ações locais estratégicas para transformação social, política, econômica e ambiental.

Nesse sentido, a Escola de Ativismo realizou a pesquisa Ativismo no Contexto Urbano com o objetivo de compreender o campo de atuação de grupos que trabalham nos temas de mobilidade/transporte, resíduos sólidos e infraestrutura em 12 cidades brasileiras: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.

A pesquisa foi realizada no final do ano de 2013 com a participação de 277 grupos. A análise dos dados foi realizada em 2014 e agora está disponível para todos. Clique aqui para baixar o Diagnóstico da pesquisa.

Os dados da pesquisa foram utilizados para criação do LABMOB, cujo objetivo é fortalecer a capacidade de intervenção dos atores  envolvidos na agenda de mobilidade de forma estratégica e criativa nas cidades de Recife, Belo Horizonte e São Paulo .

 

Perguntas e respostas

Qual é a contribuição das cidades com o aquecimento global?

Atualmente, as áreas urbanas passaram a ser responsáveis por grandes emissões de CO2 no Brasil. O país sempre foi um grande emissor de gases do efeito estufa devido às mudanças no uso do solo ligadas ao desmatamento da Amazônia e do Cerrado. No entanto, nos últimos anos, há um processo de alteração dessa tendência. As áreas de mobilidade/transporte, resíduos sólidos e infraestrutura no contexto urbano vêm ganhando destaque como grandes fontes de emissões de CO2. Este indicativo de mudanças no padrão de emissões somado ao fato de cerca de 75% da população brasileira residir nas cidades apresentam novos desafios para o campo de atuação e de incidência de ativistas.

Como a pesquisa foi feita em cada cidade?

Para realização da pesquisa foi constituída uma equipe de pesquisadores/ativistas que foram os contatos locais responsáveis em cada uma das 12 cidades. O papel dessa equipe era mapear as organizações e mobilizá-las para participação na pesquisa por meio de preenchimento do questionário online.

Como foi feita a escolha destas 12 cidades?

As 12 cidades foram escolhidas com base nos dados do IBGE referentes ao tamanho populacional, tamanho da frota de veículos automotores (Denatran), e volume da produção anual de resíduos sólidos (ABRELPE 2011 e IBGE 2011). Outro critério adicional foram as obras de infraestrutura de dez cidades que foram sede da Copa do Mundo. A pesquisa foi conduzida nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Belém, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife e São Luís.

Qual é a importância do índice de emissões de CO2 no contexto urbano?

Entre 2005 e 2011, as emissões de CO2 no Brasil resultante do desmatamento e mudança no uso do solo tiveram uma redução de 62%, enquanto outras fontes de emissões urbanas como energia, que engloba transporte, resíduos e processos industriais, cresceram respectivamente, 33%, 14% e 16%. A projeção é que nos próximos anos, pela primeira vez, as emissões de energia ultrapassem as emissões por desmatamento.

O que será feito com os dados coletados?

O resultado dessa pesquisa foi compartilhado com todos os participantes. A partir destes resultados, queremos compreender como a sociedade civil está atuando dentro dos temas de mobilidade/transporte, resíduos sólidos e infraestrutura em grandes cidades do país. Os dados coletados serão utilizados somente para fortalecer o campo de atuação dos atores participantes da pesquisa por meio de processos de aprendizagem em ativismo. Nenhuma informação coletada será utilizada para fins comerciais e/ou partidários.

Quais são os impactos das mudanças climáticas no planeta?

Pela primeira vez na história da humanidade, em maio deste ano, estudos científicos registraram a maior concentração de CO2 na atmosfera – 400 partes por milhão de dióxido de carbono (400 ppm). Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), acima de 400 ppm de CO2 a temperatura média do planeta poderá subir entre 2 e 6 graus centígrados até o final deste século – um sinal de alerta feito pelos cientistas sobre os riscos da intensificação dos impactos climáticos extremos: ampliação de grandes períodos de seca e estiagem, aumento na frequência de tempestades e volume de chuvas, deslocamento compulsório de milhões de refugiados ambientais, perda de biodiversidade, aumento do nível do mar e acidificação dos oceanos.

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